O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado e de 2,3% frente ao trimestre anterior. A rentabilidade sobre o patrimônio (ROAE) atingiu 14,7%, refletindo avanço na eficiência e melhora gradual da margem financeira.
As receitas totais chegaram a R$ 35 bilhões, com destaque para o crescimento da margem financeira, que subiu 3,7% no trimestre e 16,9% em 12 meses, e para o desempenho positivo das receitas de serviços.
A carteira de crédito expandida somou R$ 1,034 trilhão, avanço de 9,6% em 12 meses, com expansão mais forte entre micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e nas operações com garantias, estratégia que ajudou a reduzir o risco da carteira.
A inadimplência acima de 90 dias ficou em 4,1%, estável no trimestre e com leve queda de 0,1 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024. O banco também manteve índice de cobertura em 168,9%, sinalizando folga para eventuais perdas.
O custo do crédito segue sob controle, com despesa de provisão (PDD) em R$ 8,6 bilhões, o que representa um índice anualizado de 3,3%. As despesas administrativas e de pessoal totalizaram R$ 12,9 bilhões, crescendo menos que a inflação no período.
O setor de seguros voltou a se destacar: o lucro da área foi de R$ 2,5 bilhões, aumento de 10,3% frente ao segundo trimestre, com rentabilidade de 22,4% e sinistralidade controlada em 72,8%.
Com índice de Basileia de 13,4%, o Bradesco encerra o trimestre com solidez financeira e foco em rentabilidade sustentável. O resultado confirma a tendência de recuperação gradual, apoiada em receitas mais fortes, crédito seletivo e melhora na qualidade dos ativos.
