Distribuição corresponde a R$ 0,94 por ação e reforça compromisso com política de remuneração aos acionistas
A Petrobras (PETR4) anunciou nesta quinta-feira (6) a aprovação do pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos intercalares, equivalentes a R$ 0,9432 por ação ordinária e preferencial, com base no balanço de 30 de setembro de 2025. Os valores serão pagos em duas parcelas, nos meses de fevereiro e março de 2026.
O pagamento está em linha com a Política de Remuneração aos Acionistas, que determina a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre sempre que o endividamento bruto estiver abaixo de US$ 75 bilhões, limite previsto no plano de negócios vigente. Segundo a estatal, a operação não compromete a sustentabilidade financeira da companhia.
A primeira parcela, de R$ 0,4716 por ação, será paga em 20 de fevereiro de 2026, e a segunda, no mesmo valor, em 20 de março de 2026. Para os detentores de ADRs negociados na NYSE, os pagamentos ocorrerão em 27 de fevereiro e 27 de março, respectivamente.
A data de corte para acionistas com papéis negociados na B3 será 22 de dezembro de 2025, enquanto o record date para os ADRs será 26 de dezembro. As ações da Petrobras serão negociadas ex-dividendos a partir de 23 de dezembro.
A companhia informou ainda que a forma de distribuição — se como dividendos ou juros sobre capital próprio (JCP) — será definida até 11 de dezembro de 2025. Em caso de pagamento como JCP, haverá incidência de imposto de renda, conforme a legislação vigente.
Os valores de cada parcela serão atualizados pela variação da taxa Selic entre 31 de dezembro de 2025 e as respectivas datas de pagamento. O montante será deduzido da remuneração total a ser deliberada na Assembleia Geral Ordinária de 2026, referente ao exercício de 2025.
A decisão reafirma a política da Petrobras de equilíbrio entre distribuição de proventos e manutenção da alavancagem controlada, em um contexto de forte geração de caixa e estabilidade operacional. O anúncio reforça o perfil de previsibilidade que a estatal busca consolidar junto ao mercado, mesmo em meio às discussões sobre a revisão de sua política de dividendos.
