Resultado é impulsionado por desempenho financeiro robusto e melhora operacional na Brasilseg e Brasilprev; retorno sobre o patrimônio supera 50%
A BB Seguridade Participações S.A. (B3: BBSE3) registrou lucro líquido gerencial recorrente de R$ 2,56 bilhões no 3º trimestre de 2025, um avanço de 13,1% frente ao mesmo período de 2024, conforme dados do relatório de desempenho divulgado pela companhia. O resultado foi impulsionado principalmente pelo crescimento do resultado financeiro consolidado, que somou R$ 713,6 milhões, alta de 55% em um ano.
O bom desempenho refletiu a alta da taxa Selic média, a deflação do IGP-M, que reduziu o custo dos passivos previdenciários da Brasilprev, e o aumento de 6,5% no saldo médio das aplicações financeiras. No acumulado de nove meses, o lucro líquido gerencial recorrente atingiu R$ 6,8 bilhões, avanço de 13,7% sobre o mesmo período de 2024.
Entre as subsidiárias, os principais destaques vieram da Brasilseg, que contribuiu com R$ 949,8 milhões (+7,2% A/A), beneficiada pela redução da sinistralidade e aumento de prêmios ganhos, e da Brasilprev, cujo lucro cresceu 19,1%, somando R$ 532,4 milhões, sustentado pela melhora do resultado financeiro e pela deflação do IGP-M. A BB Corretora também teve bom desempenho, com alta de 9,3% nas receitas e expansão do resultado financeiro.
O resultado operacional não decorrente de juros cresceu 5,9% nos nove meses, alinhado ao intervalo superior do guidance 2025. Já as reservas de previdência PGBL e VGBL avançaram 9% em 12 meses, dentro do esperado pela companhia. O indicador de prêmios emitidos da Brasilseg, porém, ficou abaixo das projeções, afetado por menor demanda em produtos atrelados ao crédito e no seguro agrícola.
As despesas administrativas e gerais da holding totalizaram R$ 7,0 milhões no trimestre, alta de 52,6% sobre o mesmo período de 2024, reflexo do aumento de tributos e provisões. Ainda assim, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) manteve-se acima de 50%, um dos maiores entre as companhias financeiras listadas na B3.
No balanço patrimonial, o caixa e equivalentes da holding subiram 47,9% em relação a junho, alcançando R$ 1,55 bilhão, e o patrimônio líquido atingiu R$ 11,75 bilhões. O Banco do Brasil permanece como controlador, com 68,3% do capital, enquanto o free float representa 31,7%, dos quais 18,6% estão nas mãos de investidores estrangeiros.
