A Netflix (NFLX34) reportou receita de US$ 11,51 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido foi de US$ 2,55 bilhões, com lucro por ação (EPS) de US$ 5,87, avanço de 9% ano a ano, mas abaixo das projeções internas da companhia.
O resultado operacional somou US$ 3,25 bilhões, com margem de 28,2%, inferior aos 30% registrados um ano antes. A queda ocorreu devido a uma despesa extraordinária de US$ 619 milhões relacionada a uma disputa com autoridades fiscais brasileiras — sem expectativa de impacto relevante em resultados futuros, segundo a empresa.
Sem esse efeito, a margem teria superado a meta de 31,5%. O fluxo de caixa livre atingiu US$ 2,66 bilhões, e a empresa projeta US$ 9 bilhões para o ano.
A base de assinantes continuou em expansão, com forte crescimento nos EUA, Reino Unido e Ásia-Pacífico. O trimestre também marcou o melhor desempenho em vendas de publicidade da história da empresa, com dobro de compromissos no mercado americano, refletindo a consolidação do plano com anúncios.
Entre os destaques de conteúdo, o sucesso global do filme “KPop Demon Hunters”, que se tornou o título mais popular da plataforma, e a estreia de “Happy Gilmore 2”, que bateu recorde de streaming segundo a Nielsen.
A empresa também destacou avanços no uso de inteligência artificial generativa (GenAI) para aprimorar recomendações, dublagens e materiais promocionais.
Para o 4º trimestre, a Netflix projeta receita de US$ 11,96 bilhões (+16,7% a/a) e margem operacional de 23,9%, impulsionada por estreias como a temporada final de Stranger Things, o filme “Frankenstein” de Guillermo del Toro e transmissões ao vivo da NFL no Natal.
