A Profarma Distribuidora de Produtos Farmacêuticos S.A. (PFRM3) encerrou o 3º trimestre de 2025 (3T25) com lucro líquido ajustado de R$ 52,6 milhões, uma alta de 2,4% em relação ao mesmo período de 2024, mesmo diante de um cenário de juros elevados e reajuste de medicamentos abaixo da inflação.
A receita bruta consolidada somou R$ 3,3 bilhões, avanço de 9,1% sobre o 3T24, enquanto o EBITDA ajustado atingiu R$ 114,4 milhões, com crescimento de 8,4%. A margem EBITDA ficou em 4,0%, praticamente estável.
O destaque do trimestre foi a geração de caixa robusta e o nível de alavancagem mais baixo da década, com dívida líquida/EBITDA em 1,5x. O fluxo de caixa operacional atingiu R$ 397,5 milhões, 25,7% superior ao 3T24, e a conversão de EBITDA em caixa ficou em 82,5% nos últimos 12 meses.
Com esse desempenho, a Profarma anunciou dividendos recordes de R$ 79 milhões, equivalentes a um dividend yield de 9% e payout de 57%. Os pagamentos ocorrerão em três parcelas, entre novembro de 2025 e janeiro de 2026.
No varejo, a Rede d1000 apresentou forte desempenho, com receita bruta de R$ 680,9 milhões (+18,4%) e EBITDA de R$ 30,6 milhões (+23,9%), impulsionados pela expansão de lojas e crescimento das vendas digitais (+73,7%), que já representam 10,3% da receita.
Na distribuição, a receita alcançou R$ 3,1 bilhões (+7,5%), com ROIC de 17,5% e market share de 23,2%, segundo a IQVIA.
“Alcançamos o menor nível de alavancagem da década e resultados consistentes mesmo em um cenário macroeconômico desafiador. A combinação de crescimento, geração de caixa e disciplina financeira reforça nossa capacidade de gerar valor aos acionistas”, afirmou Sammy Birmarcker, CEO do Grupo Profarma.
A companhia ainda destacou investimentos em inteligência artificial, com mais de 80 agentes de IA em operação em áreas como comercial, marketing e finanças, além do retorno ao segmento de especialidades farmacêuticas — movimento que tornará o grupo o único player nacional com atuação integrada em distribuição, varejo e especialidades.
