A semana começou com maior cautela nos mercados internacionais, em meio à intensificação de tensões geopolíticas, enquanto no Brasil o foco dos investidores segue nas eleições presidenciais de 2026. Nesse contexto, o Ibovespa B3 recuou 0,21% nesta segunda-feira (22), encerrando o dia aos 158.141,65 pontos.
O aumento da aversão ao risco, provocado por conflitos envolvendo Venezuela, Ucrânia e Rússia, pressionou ativos de mercados emergentes. Em contrapartida, ações ligadas ao setor de petróleo figuraram entre as altas do dia, beneficiadas pela valorização da commodity no mercado internacional. Petrobras, PRIO e pares avançaram com o movimento.
No cenário doméstico, o ambiente político segue influenciando o humor do mercado. Segundo Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos, o Ibovespa tem operado próximo da estabilidade, refletindo a espera por maior visibilidade eleitoral. “O mercado aguarda mais clareza sobre os nomes competitivos e sobre quem pode, de fato, liderar o país nos próximos quatro anos”, avalia.
Durante o pregão, o índice oscilou entre 158.633,98 pontos na máxima e 157.306,76 pontos na mínima, com volume financeiro de R$ 24,9 bilhões negociados na B3.
Dólar sobe com busca por proteção
O movimento de aversão ao risco também impactou o câmbio. O dólar comercial avançou 1%, encerrando o dia cotado a R$ 5,58, acompanhando a valorização de ativos defensivos como ouro e prata.
De acordo com a estrategista-chefe da Nomad, o cenário global de tensões geopolíticas impulsionou a busca por proteção e sustentou a alta do petróleo, reforçando o viés defensivo nos mercados ao longo do dia.
