O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pelo FGV Ibre, subiu 1 ponto em outubro, alcançando 88,5 pontos, e manteve a trajetória de recuperação iniciada em março. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,6 ponto, para 87,4 pontos, reforçando a percepção de melhora gradual no sentimento das famílias brasileiras.
Segundo a economista Anna Carolina Gouveia, do FGV Ibre, o resultado foi impulsionado pela melhora na percepção sobre o presente e nas expectativas futuras, especialmente entre as famílias de menor renda. “O consumidor está menos pessimista diante da manutenção do emprego e da renda, além da trajetória de queda da inflação. Por outro lado, os níveis de inadimplência e a alta taxa de juros ainda limitam uma recuperação mais robusta”, afirmou.
Tanto o Índice de Expectativas (IE) quanto o Índice de Situação Atual (ISA) subiram 1 ponto, atingindo 92,8 e 83 pontos, respectivamente.
Entre os destaques do levantamento, o indicador de situação econômica local atual avançou 2,3 pontos, para 95,5, enquanto a situação financeira atual da família recuou ligeiramente, em 0,3 ponto, para 70,8 pontos, na segunda queda consecutiva.
Já as expectativas futuras mostraram melhora expressiva: a situação econômica local futura subiu 2,3 pontos, atingindo 106,9, o maior nível desde outubro de 2024. A situação financeira futura das famílias também avançou, com alta de 5,8 pontos, para 89,7 pontos.
Por outro lado, o indicador de compras de bens duráveis teve queda de 5,6 pontos, para 82,6, mostrando que, apesar do otimismo, o consumidor ainda adia gastos maiores em meio aos juros elevados.
