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    Home » BONITO PRA CHOVER
    A Crônica da Semana

    BONITO PRA CHOVER

    Pedro Paulo PaulinoPor Pedro Paulo Paulino05/01/2024Nenhum comentário3 minutos de leitura
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    No nosso linguajar regional nordestino, talvez não haja uma expressão mais cheia de significância, expectativa e ternura, do que essas três palavras juntas: “bonito pra chover”. Pronunciada ou simplesmente pensada, a expressão se manifesta quando se olha o céu e avista-se um conjunto de nuvens cor de chumbo, aglomerando-se, umas puxando as outras para mais perto de si, até se juntarem por completo, e, numa ação coletiva, despejarem suas águas sobre as terras ressequidas deste imenso sertão. 

     “O tempo está bonito” é outra expressão de nossa legítima propriedade, nordestinos, cearenses, filhos do semiárido. Lá fora, em outras regiões, o mesmo cenário é chamado de “mau tempo”. Por aqui, seria um sacrilégio tal afirmação. Pois nosso céu, carregado de nuvens prenhes de água, enche nossos olhos, e não menos o coração, daquela alegria telúrica e brejeira, renovada somente nos anos bons de chuva.

    Outro dia, ouvi de um homem da roça, o seguinte: “Não demora pra chover. O fura-barreira, o joão-de-barro, as formigas de roça e a ‘fuloração’ do cumaru não me deixa mentir”. E continuou: “O tempo tá se trubando”, querendo dizer que o tempo está se turvando, empregando em sua fala autêntica uma dislexia natural e adorável. 

    Embora imiscuído, de alguma forma, na era moderna da comunicação eletrônica, nosso bom sertanejo continua um exímio observador da natureza e seus fenômenos condizentes ao clima. Mesmo acompanhando na tela da tevê o que diz o homem do tempo, com suas imagens de satélite, o homem da roça e do sertão, com a realidade diante dos seus olhos, e sob seus pés, jamais despreza nem deixa de ouvir o que diz a natureza ao seu redor, seja pela linguagem da fauna, seja pelo idioma da flora. 

     De forma que, enquanto a meteorologia explica: “O vórtice ciclônico da alta troposfera pode provocar chuvas a qualquer momento no Ceará”, um compadre meu, lavrador, deduz o mesmo panorama, dessa forma: Num tarda chover. O jumento tava escramuçando no terreiro, e as formiga saindo do riacho pra ribanceira. A rã cantou o dia todo no pé do pote. As pedras de sal de Santa Luzia num negaram chuva. A barra de Natal foi de toda largura. Só num chove, se os tempo tiverem mudado. 

    E viva o nosso folclore, nosso linguajar e experiências tão-somente nossas, quando o assunto é previsão de chuvas, neste nosso mundo diferenciado, em que o inverno, aqui, acontece em plena estação de verão, no restante do país. Que venham das chuvas de 2024!

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    Pedro Paulo Paulino
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    Atuante tanto na literatura de cordel quanto na poesia erudita, com diversas conquistas em prêmios literários de âmbito nacional. Além de seu trabalho como escritor, ele também é redator e diagramador de jornais, revistas e livros, atuando dentro e fora de Canindé. Como radialista, Pedro Paulo apresenta um programa aos domingos, focado em resgatar sucessos da Velha Guarda.

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