O Bradesco (BBDC4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 2,3% em relação ao trimestre anterior e 18,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme o Relatório de Análise Econômica e Financeira divulgado nesta quarta-feira (30). A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido (ROAE) chegou a 14,7%, refletindo expansão gradual da margem financeira e controle da inadimplência.
As receitas totais atingiram R$ 35 bilhões, crescimento de 13,1% em 12 meses, impulsionadas por desempenho positivo em todas as linhas de negócio — especialmente em serviços e seguros. A margem financeira avançou 3,7% no trimestre, para R$ 18,7 bilhões, enquanto a carteira de crédito expandida somou R$ 1,03 trilhão, alta de 9,6% em relação a 2024, com destaque para pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).
O índice de inadimplência acima de 90 dias permaneceu estável em 4,1%, mesmo com reforço de provisões para operações específicas do atacado e do Banco John Deere, adquirido recentemente. A qualidade dos ativos seguiu em melhora, com redução de R$ 8,2 bilhões na carteira reestruturada em um ano.
A área de seguros manteve desempenho sólido, com lucro líquido de R$ 2,5 bilhões e rentabilidade (ROAE) de 22,4%. O resultado foi apoiado pelo crescimento de receitas com consórcios, cartões e fundos de investimento.
As despesas operacionais subiram 3,7% no trimestre e 9,6% em 12 meses, refletindo investimentos em tecnologia, transformação digital e expansão de novos escritórios voltados a clientes de alta renda e empresas. O banco destacou que, mesmo com o aumento de custos, manteve o índice de eficiência em torno de 50%, com despesas abaixo da inflação.
O capital nível 1 encerrou o trimestre em 13,4%, indicando solidez patrimonial, enquanto o banco destinou R$ 3,8 bilhões em juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas.
Em linha com seu plano estratégico, o Bradesco informou seguir focado na transição verde e no financiamento de negócios sustentáveis, tendo atingido 100% da meta de R$ 350 bilhões destinados a setores com benefícios socioambientais até o final de setembro.
