A transmissora de energia Taesa (TAEE11) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido regulatório de R$ 323,3 milhões, alta de 5,2% na comparação anual. O resultado foi sustentado pelo reajuste da Receita Anual Permitida (RAP) e pela entrada em operação de novos empreendimentos, em um cenário de forte expansão dos investimentos.
A receita líquida regulatória somou R$ 650,5 milhões, avanço de 9,8% sobre o mesmo período de 2024, impulsionada pela incorporação da concessão Pitiguari, pelos reforços em Novatrans e pelo reajuste inflacionário das receitas, com índices de 7,03% (IGP-M) e 5,32% (IPCA). O EBITDA regulatório cresceu 12,6%, para R$ 548,8 milhões, com margem de 84,4%, refletindo eficiência operacional.
No IFRS, o lucro líquido foi de R$ 340,6 milhões, queda de 16,8%, afetado pela menor atualização monetária de ativos e pelo aumento das despesas financeiras, num contexto de juros ainda elevados.
Mesmo com o cenário financeiro mais restrito, a Taesa manteve sua estratégia de crescimento. O CAPEX acumulado até setembro chegou a R$ 1,3 bilhão, quase 90% acima de 2024, com destaque para os projetos Tangará, Ananaí e Saíra (2ª fase), além de reforços nas linhas ATE, São Pedro e ATE III. A empresa tem em andamento R$ 4,3 bilhões em grandes empreendimentos e R$ 393,9 milhões em reforços.
O Conselho de Administração aprovou R$ 323,3 milhões em dividendos — equivalentes a R$ 0,94 por unit, o que representa 100% do lucro líquido regulatório do trimestre. O pagamento será feito em 28 de janeiro de 2026, com base na posição acionária de 14 de novembro.
A dívida líquida totalizou R$ 9,35 bilhões, com leve redução no trimestre e relação dívida líquida/EBITDA de 4,1 vezes, demonstrando equilíbrio financeiro.
Mesmo diante da pressão dos juros e do IGP-M negativo, a Taesa reforça seu perfil defensivo e previsível, com resultados sustentados pela estabilidade regulatória do setor elétrico e por uma política de dividendos generosa, que mantém a companhia entre as principais pagadoras da bolsa.
