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    Home » MEMÓRIAS DOS DIAS DE INSULAMENTO
    A Crônica da Semana

    MEMÓRIAS DOS DIAS DE INSULAMENTO

    Pedro Paulo PaulinoPor Pedro Paulo Paulino28/03/2025Nenhum comentário3 minutos de leitura
    Entrada da cidade de Canindé bloqueada na Rua Joaquim Custódio, no sentido Aratuba–Canindé, com acesso à BR-020. A medida foi adotada em razão do isolamento social rígido — o chamado lockdown. Foto: Carlos Augusto/CNE NEWS - 22/05/2020
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    Havia cinco anos, o mundo inteiro estava mergulhado no abismo provocado pela pandemia do Coronavírus. Quando a notícia da peste espalhou-se por todos os recantos da terra, foi como se tivessem soado as sete trombetas do Apocalipse. Foi a primeira vez, no mundo moderno, que a humanidade viu-se confrontada com as ameaças terríveis causadas por ser microscópico de ação letal. Costumes, hábitos, rotinas, relacionamentos foram, de súbito, alterados drasticamente. A pandemia afetou de modo severo todos os setores da atividade humana. Passados agora cinco anos, e graças ao surgimento em tempo recorde da vacina de combate ao vírus, os seres humanos seguem sua epopeia sobre a face do planeta Terra. Relembrando o período negro da tragédia global, repriso crônica que escrevi em 26 de março de 2020.

    A cidade amanhece e anoitece vazia. Os dias, de domingo a domingo, assumiram rosto de grande feriado como a Sexta-feira Santa. A paz e o silêncio, de mãos dadas (esses podem dar-se as mãos!) passeiam nas vielas, ruas e avenidas; sentam na praça, embora nada conversem, pois o silêncio e a paz entendem-se telepaticamente. O vento, a luz, as borboletas também se locomovem livres nos labirintos desses vários mundos a que chamamos cidades e que são ordinariamente território estrondoso da agitação, do vozerio e dos decibéis invasivos da parafernália humana.

    Nesses dias incomuns e longos, quem por força das circunstâncias não deve transitar em plena liberdade são os verdadeiros donos desses habitats: os humanos, tolhidos repentinamente em seu vaivém eterno em busca do tudo e do nada num só tempo. Um inimigo que de tão pequeno e invisível nos manietou. E nos enjaulou em nossos tugúrios de pedra e nos fez reféns da espada diabólica de uma peste mundial, eufemisticamente chamada de pandemia.

    A humanidade, em seu tumulto incessante, em sua atividade formidável, não contava decerto com a astúcia de um serzinho a princípio insignificante e sua invasão insidiosa nos domínios do fenômeno humano.

    De repente, um verme inconcebivelmente mau agarra o mundo e o bota de ponta-cabeça. Um profeta apocalíptico que estaciona o sol do trabalho, do progresso e da dinâmica da vida dos homens. Um intruso que altera comportamentos, regras, etiquetas e dita novas ordens contrárias mesmo ao bom senso. Ser solidário agora, por incrível que possa parecer, é não estender a mão, é se afastar um do outro e se enclausurar dia e noite. Ser bonzinho agora é ficar distante do próximo, por contraditória que seja esta afirmação.

    Em meio ao dilúvio pandêmico, convertemos nossos lares em arcas salvadoras, e dentro delas não sabemos ainda quando pisaremos terra firme, se em quarenta dias ou menos ou mais. Insulados, estamos testando nosso estoicismo, nossos princípios e crenças hipoteticamente inabaláveis.

    No epicentro do pandemônio, adaptação tornou-se a palavra de ordem. E assim, usos e costumes e coisas vêm-se amoldando a esses dias tão incertos. Nos estádios esportivos transformados em salas de emergência, entra em campo o time operoso a serviço da saúde pública, numa partida nervosa contra o adversário sinistro. Nas arquibancadas, somente o tempo e a esperança assistem de camarote ao duelo dos exércitos da salvação contra o gladiador virulento, numa batalha singular.

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    Pedro Paulo Paulino
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    Atuante tanto na literatura de cordel quanto na poesia erudita, com diversas conquistas em prêmios literários de âmbito nacional. Além de seu trabalho como escritor, ele também é redator e diagramador de jornais, revistas e livros, atuando dentro e fora de Canindé. Como radialista, Pedro Paulo apresenta um programa aos domingos, focado em resgatar sucessos da Velha Guarda.

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