Operação reforça capital próprio sem diluição, ante mudanças da Lei 15.270/2025; bonificação será de 1% para ON e PN, com base em 17 de dezembro
A Klabin anunciou nesta segunda-feira (8) um aumento de capital de R$ 800 milhões, via capitalização parcial da Reserva Estatutária para Investimentos e Capital de Giro, com distribuição gratuita de ações aos acionistas. A medida integra o pacote de adaptações da companhia à Lei 15.270/2025, que alterou a tributação sobre lucros e dividendos e levou empresas a reestruturar reservas para preservar eficiência fiscal.
Segundo a Klabin, o aumento de capital não altera a estrutura econômica dos acionistas, não provoca diluição e não representa ingresso de recursos externos, dado que é feito integralmente por bonificação. As novas ações terão os mesmos direitos das já existentes, inclusive quanto a dividendos futuros, exceto os dividendos intercalares declarados na mesma reunião do Conselho que aprovou a operação.
O Conselho Fiscal manifestou-se favoravelmente ao aumento, aprovado dentro do limite do capital autorizado. Serão emitidas 61.796.819 novas ações — 22,9 milhões ON e 38,9 milhões PN — equivalentes a 1% do capital, distribuídas na proporção de 1 nova ação para cada 100 ações da mesma espécie.
Com a operação, o capital social da companhia passará para R$ 6,875 bilhões, dividido em 6,241 bilhões de ações. Para fins fiscais, o custo atribuído às ações bonificadas será de R$ 12,94564988922 por ação, conforme exigido pela legislação tributária.
Os acionistas terão direito às ações bonificadas considerando a posição de 17 de dezembro de 2025, sendo que as ações e Units passarão a ser negociadas ex-direito em 18 de dezembro. O crédito das ações ocorrerá em 22 de dezembro de 2025.
Frações resultantes da bonificação poderão ser negociadas entre 22 de dezembro de 2025 e 21 de janeiro de 2026. Após o período, eventual saldo será reunido e vendido em leilão na B3, com posterior repasse proporcional aos acionistas.
A medida reforça o capital próprio da Klabin e ajusta sua estrutura contábil às novas normas tributárias sem comprometer liquidez ou política de investimentos, mantendo alinhamento a práticas de alocação de capital e eficiência financeira.
