Receita consolidada avança 38% e lucro mais que dobra; empresa reforça expansão em shoppings, hospitalidade, aeroporto e residências de alta renda
A JHSF apresentou um trimestre de forte expansão operacional e financeira, com avanço consistente em todas as linhas de negócios no 3º trimestre de 2025. A receita bruta consolidada atingiu R$ 564 milhões, alta de 38% na comparação anual, enquanto o lucro líquido subiu 118%, para R$ 304 milhões. O Ebitda ajustado cresceu 77%, somando R$ 263 milhões.
O desempenho reflete o ritmo acelerado de expansão do ecossistema de alta renda da companhia, com destaque para shoppings, hospitalidade, aeroporto e locação residencial. O resultado também foi beneficiado pelo crescimento do segmento de incorporação, impulsionado por vendas e pela evolução das obras dos projetos em curso.
Crescimento disseminado nos negócios de renda recorrente
A divisão de renda recorrente, que reúne shoppings, hospitalidade e gastronomia, aeroporto e residências, registrou receita bruta de R$ 342 milhões, avanço de 29%. O Ebitda ajustado aumentou 33%, para R$ 154 milhões.
Em shoppings, as vendas consolidadas avançaram 10,8%, com destaque para o Shopping Cidade Jardim, que cresceu 16,1% no período. A companhia segue com expansões em andamento, incluindo novas áreas no Cidade Jardim e a evolução do projeto Shops Faria Lima.
No segmento de hospitalidade e gastronomia, a diária média subiu 9,2%, enquanto o couvert médio avançou 7,5%. A inauguração do Fasano Al Mare Beach Club, na Sardenha, reforça a internacionalização da marca.
O aeroporto executivo de Catarina manteve forte tração operacional, com aumento de 65,5% nos movimentos e 45,8% no volume de combustível abastecido. A 5ª expansão, concluída recentemente, já opera com ocupação total, e a 6ª fase está em implantação.
Em JHSF Residences e Clubs, a taxa de ocupação contratada alcançou 97%, apoiada na ampliação da oferta de unidades e no avanço de novos clubs, como o Fasano Tennis Club.
A receita da incorporação cresceu 53%, totalizando R$ 180 milhões. A melhora da margem bruta, que atingiu 75,5%, decorre da combinação de reembolsos pontuais de custo e maior peso de vendas de lotes, que têm rentabilidade superior.
As vendas contratadas somaram R$ 400 milhões, aumento de 6% na comparação anual e de 36% frente ao trimestre anterior. O portfólio inclui projetos como Boa Vista Village, Boa Vista Estates e Reserva Cidade Jardim.
Durante o trimestre, a companhia anunciou a criação de um veículo de investimentos para aquisição de R$ 4,6 bilhões em estoques prontos e em desenvolvimento. A medida tende a reorganizar o balanço, dar mais clareza ao valor dos ativos e aproximar a estrutura de capital de modelos usados em mercados imobiliários internacionais.
No trimestre, a JHSF concluiu emissão de R$ 300 milhões em debêntures, dando continuidade ao movimento de alongamento da dívida. O estoque total chegou a R$ 5,7 bilhões, enquanto a dívida líquida subiu para R$ 1,87 bilhão — equivalentes a 1,88 vez o Ebitda ajustado dos últimos 12 meses.
A empresa afirma que as captações realizadas entre 2024 e 2025 — cerca de R$ 3,2 bilhões — reforçam a estratégia de consolidar um modelo de financiamento de longo prazo, alinhado à expansão de ativos recorrentes e ao pipeline de projetos imobiliários.
O trimestre reforça a tese de crescimento contínuo da JHSF em segmentos de alta renda, com geração crescente de caixa operacional e valorização dos ativos. Para investidores, o avanço do Ebitda e a reorganização da estrutura de capital tendem a melhorar a previsibilidade dos resultados. Para consumidores e empresas, o movimento implica expansão da oferta de serviços premium, desde varejo de luxo a hospitalidade e mobilidade aérea.
