Banco cresce em crédito, melhora eficiência e sustenta o menor nível de inadimplência desde 2022
O Itaú Unibanco (B3: ITUB4) registrou lucro recorrente de R$ 11,9 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 11,3% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 3,2% frente ao trimestre anterior. O desempenho manteve o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) em 23,3%, um dos mais elevados entre os grandes bancos do país.
A carteira de crédito total atingiu R$ 1,4 trilhão, crescimento de 6,4% em 12 meses, com destaque para crédito imobiliário (+2,0%) e financiamento a micro, pequenas e médias empresas (+1,1%). O índice de inadimplência acima de 90 dias permaneceu estável em 1,9%, o menor patamar desde 2022, refletindo o perfil conservador de concessão e a maior qualidade da carteira.
A margem financeira com clientes avançou 0,5% no trimestre, impulsionada pelo aumento no volume médio de ativos e pelo capital próprio, embora parcialmente compensada pela redução dos spreads em produtos regulados, como crédito consignado e rotativo.
O custo do crédito somou R$ 9,1 bilhões, estável em relação ao segundo trimestre, enquanto as receitas de serviços e seguros cresceram 4,0%, totalizando R$ 14,7 bilhões — puxadas por banco de investimento (+33,7%), meios de pagamento (+3,7%) e seguros (+5,7%).
As despesas administrativas e de pessoal subiram 4%, refletindo o reajuste salarial de 5,68% do acordo coletivo. Ainda assim, o banco manteve o índice de eficiência em 39,5%, o melhor nível histórico para um terceiro trimestre.
O patrimônio líquido chegou a R$ 207,2 bilhões, com índice de Basileia de 16,4% e CET1 em 13,5%, reforçando a solidez de capital e a capacidade de sustentar crescimento orgânico.
O Itaú destacou que os resultados refletem uma estratégia de crescimento com disciplina de risco, ganhos de produtividade e expansão gradual da carteira. Com isso, a instituição reforça sua posição como o banco mais rentável do sistema financeiro brasileiro, em um cenário de crédito mais seletivo e custos ainda elevados.
