A Irani Papel e Embalagem (RANI3) registrou receita líquida de R$ 433,5 milhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 4,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi impulsionado principalmente pela valorização dos preços no segmento de embalagens sustentáveis, que representa mais de 60% da receita da companhia.
O EBITDA ajustado da operação continuada — indicador que mede a geração de caixa — avançou 15,9% em relação ao 3T24, totalizando R$ 146,2 milhões, com margem de 33,7%. O desempenho foi favorecido pelos ganhos de eficiência operacional e pelos efeitos positivos dos projetos da Plataforma Gaia.
Apesar dos avanços operacionais, o lucro líquido da companhia recuou 62,5% em relação ao segundo trimestre, ficando em R$ 42,1 milhões. A queda foi atribuída à ausência de efeitos não recorrentes, como o reconhecimento de crédito de IPI registrado no trimestre anterior.
A relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado caiu para 2,06 vezes, abaixo da meta interna de 2,5 vezes. A posição de caixa ao fim de setembro era de R$ 681,5 milhões, com 89% da dívida bruta no longo prazo e 99% em moeda local.
Entre os destaques do período, a companhia concluiu o Programa de Recompra de Ações 2024, cancelando mais de 9,3 milhões de papéis. Um novo programa foi aprovado para vigorar até março de 2027. A Irani também recebeu pela primeira vez o rating “AA.br” da agência Moody’s Local BR, que destacou a posição competitiva da empresa no setor de papel para embalagens.
No campo ambiental, foi iniciado o Projeto Gaia V – Repotenciação São Luiz, com investimentos de R$ 125,9 milhões para ampliar a eficiência energética das unidades em Santa Catarina. A empresa também foi reconhecida por boas práticas de diversidade e sustentabilidade em iniciativas conduzidas pelo Instituto Ethos e pela Época Negócios.
