Apostas em flexibilização monetária no Brasil e nos EUA sustentam apetite por risco; dólar recua a R$ 5,31
O Ibovespa (IBOV) voltou a bater recordes nesta quarta-feira (3), encerrando o pregão em alta de 0,41%, aos 161.755,18 pontos, o maior fechamento da história. No intradiário, o índice também alcançou nova máxima, chegando a 161.963,49 pontos, em dia de forte influência das expectativas de queda de juros no Brasil e nos Estados Unidos.
O movimento reflete um ambiente global mais favorável a ativos de risco. Nos EUA, a probabilidade de um novo corte de juros pelo Federal Reserve já se aproxima de 90%, segundo o Fed Watch, ampliando o espaço para valorização das bolsas emergentes. No Brasil, a sequência de dados de inflação mais benigna e sinais de desaceleração da economia reforçaram a percepção de que o Ciclo de cortes da Selic pode ser antecipado, o que melhorou o humor dos investidores.
No pregão, o Ibovespa variou entre 161.092,81 pontos na mínima e 161.963,49 pontos na máxima, com volume financeiro de R$ 25,9 bilhões na B3.
O cenário de maior apetite ao risco também favoreceu o câmbio. O dólar comercial recuou 0,33%, encerrando o dia cotado a R$ 5,31, movimento associado à expectativa de juros menores e à entrada líquida de recursos em países emergentes. Para investidores, o ambiente continua sensível a dados de inflação e atividade, tanto no Brasil quanto nos EUA, que devem orientar os próximos ajustes nas curvas de juros e, por consequência, no comportamento do Ibovespa.

