O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pelo FGV Ibre, subiu 1,0 ponto em novembro, para 92,6 pontos — o maior nível desde julho (92,7 pontos). Na média móvel trimestral, houve alta de 0,4 ponto, reforçando a trajetória de recuperação gradual do setor.
A elevação refletiu melhora tanto na avaliação sobre o momento atual quanto nas expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 0,6 ponto, para 92,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) cresceu 1,5 ponto, alcançando 93,0 pontos. O indicador de situação atual dos negócios subiu 1,5 ponto (92,9 pontos), ao passo que o volume de carteira de contratos teve pequena variação negativa (-0,2 ponto, para 92,1 pontos). Pelo lado das expectativas, a demanda prevista para os próximos três meses aumentou 1,4 ponto, para 94,5 pontos, e a tendência dos negócios em seis meses avançou 1,5 ponto, para 91,4 pontos.
Segundo o FGV Ibre, a recuperação foi ampla, mas ainda insuficiente para recompor o nível de confiança observado no início do ano. A percepção das empresas permanece em território de pessimismo moderado. A melhora recente tem sido puxada pelo indicador de evolução atual, que atingiu o melhor resultado desde março e sugere retomada do ritmo de atividade no final de 2025, com projeção de aumento da demanda por mão de obra.
Apesar da melhora da confiança, houve queda na Utilização da Capacidade (NUCI) do setor, que recuou 2,4 pontos percentuais, para 77,6%. Os NUCIs de mão de obra e de máquinas e equipamentos também diminuíram, para 78,9% (-2,8 p.p.) e 73,0% (-1,2 p.p.), respectivamente.
Para empresas e investidores, os dados reforçam um cenário de retomada moderada, com melhora na percepção de demanda, mas acompanhado de sinais de restrição de capacidade e escassez de mão de obra qualificada em parte das atividades.

