A Telefônica Brasil S.A. (B3: VIVT3; NYSE: VIV) registrou lucro líquido de R$ 1,89 bilhão no terceiro trimestre de 2025, alta de 13,3% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionada pelo crescimento das receitas de serviços móveis pós-pagos, fibra óptica e soluções digitais. O EBITDA atingiu R$ 6,5 bilhões, aumento de 9%, com margem de 43,4%, o maior nível dos últimos dois anos.
A receita líquida totalizou R$ 14,9 bilhões, avanço de 6,5% na base anual, sustentado pelo desempenho do pós-pago (+8%), da fibra óptica (+10,6%) e dos serviços corporativos e de tecnologia (TIC e digitais, +22,8%). A receita fixa, que inclui o negócio de banda larga, cresceu 9,6% — o maior aumento da história recente da companhia.
O número de acessos móveis chegou a 102,9 milhões, com 69,8 milhões de clientes pós-pagos (+7,3%), enquanto os acessos em fibra (FTTH) somaram 7,6 milhões (+12,7%), alcançando 30,5 milhões de casas passadas. O churn da fibra caiu para 1,46%, o menor nível histórico.
O fluxo de caixa operacional somou R$ 3,88 bilhões, alta de 12,4%, e o lucro antes de impostos (EBIT) cresceu 20,9%. Já o investimento no trimestre foi de R$ 2,6 bilhões, representando 17,4% da receita, com foco na expansão do 5G e da rede de fibra, que já chega a 450 cidades e 683 municípios com cobertura 5G.
A Vivo segue fortalecendo seu ecossistema digital, com receitas de B2B digitais crescendo 40,1%, impulsionadas por serviços de nuvem (+46%), cibersegurança (+20%) e Internet das Coisas (IoT) — segmento que ganhou destaque com o contrato firmado com a Sabesp, considerado o maior projeto de IoT do mundo, para instalação de 4,4 milhões de medidores inteligentes até 2029.
Nos negócios ao consumidor (B2C), a empresa também ampliou as receitas com serviços de streaming e conteúdo (+19,9%), além de soluções financeiras via Vivo Pay, que já ultrapassou R$ 1,1 bilhão em crédito concedido e 600 mil dispositivos segurados.
A Telefônica Brasil encerrou setembro com posição de caixa líquida de R$ 3 bilhões e dívida bruta de R$ 4 bilhões, após quitar debêntures e reduzir o endividamento em 25% no ano. A companhia manteve compromisso de distribuir ao menos 100% do lucro líquido entre 2024 e 2026, tendo pago R$ 5,7 bilhões aos acionistas até outubro, entre juros sobre capital próprio, recompra de ações e redução de capital.
