A Intelbras S.A. registrou lucro líquido consolidado de R$ 147,9 milhões no terceiro trimestre de 2025, crescimento de 14,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita operacional líquida somou R$ 1,12 bilhão, queda de 9,6% na comparação anual, reflexo da estratégia de priorizar rentabilidade e retorno sobre o capital investido.
O EBITDA totalizou R$ 144,0 milhões, recuo de 4,3%, mas com margem EBITDA de 12,8%, superior aos 12,1% do 3T24. Já o lucro bruto atingiu R$ 347,1 milhões, com margem de 30,9%, avanço de 1,6 ponto percentual frente ao ano anterior.
Segundo a administração, a redução da receita é consequência de uma política comercial mais seletiva, com foco em negócios de maior retorno. “Não se trata de abandonar o crescimento, mas de crescer com retorno, disciplina e qualidade”, afirma a companhia em relatório.
O fluxo de caixa operacional foi de R$ 480,3 milhões, impulsionado pela otimização do capital de giro e pela redução do prazo médio de recebimento. O ROIC pré-impostos subiu para 14,5%, avanço de 0,9 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
Entre os segmentos, Segurança cresceu 4,4% e manteve-se como principal negócio da empresa. O segmento de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) teve queda de 12,7%, e Energia, recuo de 39,4%, impactado pela desaceleração em grandes projetos solares.
A Intelbras encerrou setembro com caixa de R$ 1,24 bilhão, superior aos R$ 825,6 milhões do trimestre anterior, e voltou a operar com posição de caixa líquido.
Para os próximos trimestres, a companhia projeta continuidade no foco em rentabilidade, ajustes de despesas e fortalecimento do capital de giro, com expectativa de evolução positiva do lucro e do retorno sobre o capital em 2026.

