A Vale (VALE3) registrou no terceiro trimestre de 2025 o melhor desempenho operacional em minério de ferro desde 2018, com produção total de 94,4 milhões de toneladas (Mt) — alta de 4% em relação ao mesmo período de 2024. As vendas cresceram 5%, para 86 Mt, apoiadas por prêmios mais elevados e uma estratégia de portfólio que favoreceu produtos com maior valor agregado.
No cobre, a mineradora também avançou: a produção subiu 5,7% no comparativo anual, somando 90,8 mil toneladas, com destaque para a operação em Salobo. Já o níquel teve produção estável em 46,8 mil toneladas, com aumento relevante de minério lavrado em Sudbury (+45% a/a) e entrada em operação do segundo forno de Onça Puma, que eleva a capacidade da unidade para 40 kt/ano.
A empresa reportou queda de 23% na produção de pelotas, reflexo de menor demanda no mercado e do redirecionamento estratégico do pellet feed para vendas de finos. A planta de pelotização de São Luís, por exemplo, foi colocada em manutenção e não deve retomar atividades ainda este ano.
Entre os destaques regionais, o projeto S11D, no Pará, atingiu recorde trimestral, com 23,6 Mt produzidas. No Sudeste, a ampliação da planta de Brucutu e o ramp-up de Capanema sustentaram o crescimento da produção. Já em Vargem Grande (MG), melhorias operacionais impulsionaram o desempenho no Sistema Sul.
A mineradora afirma que os três principais negócios — minério de ferro, cobre e níquel — estão caminhando para alcançar o limite superior do guidance de produção para 2025, que prevê, por exemplo, entre 325 Mt e 335 Mt de minério de ferro no ano.
Apesar do desempenho operacional robusto, a realização de preços das pelotas caiu 11,7% a/a, para US$ 130,8/t. Já o preço médio dos finos de minério de ferro subiu 4,2% na base anual, atingindo US$ 94,4/t.

