Taxa de desocupação cai para 6,9% com novo recorde no número de pessoas trabalhando

Alta da ocupação foi puxada pelo Comércio, pela Educação e pela atividade de Informação e Comunicação

Por Carlos Augusto/Com informações do IBGE

7/31/2024

Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

No trimestre encerrado em junho de 2024, a taxa de desocupação caiu para 6,9%, a menor para um trimestre encerrado em junho desde 2014, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada pelo IBGE. Este indicador é menos da metade da maior taxa da série histórica da PNAD Contínua, de 14,9%, registrada no trimestre encerrado em março de 2021, durante a pandemia de Covid-19.

A população desocupada, composta por pessoas que procuravam por trabalho, caiu para 7,5 milhões, apresentando reduções significativas de 12,5% no trimestre (menos 1,1 milhão de pessoas) e 12,8% no ano (menos 1,1 milhão de pessoas). Este é o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. A população ocupada atingiu um novo recorde de 101,8 milhões, com um crescimento de 1,6% no trimestre e 3,0% no ano. O setor privado também bateu recordes, com 52,2 milhões de empregados, sendo 38,4 milhões com carteira assinada e 13,8 milhões sem carteira.

“Observa-se a manutenção de resultados positivos e sucessivos. Esses recordes de população ocupada são consequência do efeito cumulativo de uma melhoria do mercado de trabalho em geral nos últimos trimestres”, destacou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE. As atividades que mais contribuíram para o aumento da ocupação foram Comércio, Administração pública e Informações e Comunicações, que absorvem um grande número de trabalhadores.

O rendimento médio real dos trabalhadores também cresceu, alcançando R$ 3.214, com altas de 1,8% no trimestre e 5,8% na comparação anual. A massa de rendimentos atingiu R$ 322,6 bilhões, um novo recorde. A população desalentada, aqueles que desistiram de procurar emprego, caiu para 3,3 milhões, o menor número desde 2016. Segundo Adriana Beringuy, “a redução do desalento pode estar relacionada à melhoria das condições do mercado de trabalho, permitindo que mais pessoas retornem à força de trabalho e encontrem ocupação”.