Por Karol Romagnoli/Lucky Assessoria de Comunicação
Mais do que planilhas e controles, a inteligência financeira é uma mentalidade que transforma dados em decisões e garante longevidade empreendimentos
Nenhum negócio quebra do dia para a noite. A falta de controle costuma começar em pequenas decisões diárias: um gasto não planejado, uma receita superestimada, a ausência de reserva ou de análise de indicadores. Um levantamento do Sebrae mostra que 48% das micro e pequenas empresas encerram atividades devido a falhas ligadas ao controle de caixa e planejamento financeiro. Segundo o IBGE, seis em cada 10 negócios não sobrevivem por mais de cinco anos. Os dados evidenciam um ponto que merece total atenção: em um ambiente econômico competitivo e volátil, inteligência financeira não é mais diferencial, mas questão de sobrevivência.
Para o empresário Paulo Motta, fundador da The Networkers e da IMvester, o conceito vai muito além das planilhas. “Inteligência financeira é transformar números em estratégia. Quando o empreendedor entende o comportamento do fluxo de caixa, diversifica investimentos e toma decisões baseadas em dados, ele amplia não só o lucro, mas a segurança do negócio”, afirma. Nos últimos anos, a digitalização da gestão financeira vem democratizando o acesso a ferramentas antes restritas às grandes corporações. Plataformas de automação, análise de dados e dashboards inteligentes permitem que pequenas e médias empresas simulem cenários, antecipem gargalos e ajustem rotas em tempo real.
Um estudo da PwC Brasil indica que empresas que adotam práticas de análise financeira integrada alcançam até 35% mais eficiência operacional, mostrando um reflexo direto da maturidade na leitura de dados e do uso estratégico da tecnologia. Para Motta, esse avanço representa uma virada de mentalidade no empreendedorismo brasileiro: “Empresas sólidas não são as que gastam menos, mas as que investem melhor. Direcionar recursos com clareza é o que garante estabilidade e fôlego para atravessar ciclos econômicos desafiadores”, destaca.
Mais do que técnica, a inteligência financeira é uma forma de pensar o negócio. Ela exige disciplina, foco e leitura de contexto e a capacidade de transformar dados em decisões e decisões em resultados. É essa visão que, segundo Motta, separa as empresas que apenas sobrevivem daquelas que constroem futuro. “O mercado está cada vez mais exigente. Quem não entende seus números perde o controle do próprio destino. A inteligência financeira é o alicerce da sustentabilidade empresarial”, conclui o empresário.
Em um cenário marcado por juros altos, crédito restrito e margens apertadas, compreender o fluxo financeiro deixou de ser um tema restrito a contadores e passou a ser uma competência essencial de liderança. Porque, no fim das contas, não é o caixa que quebra o negócio. É a falta de clareza sobre o que ele revela.
Sobre Paulo Mota:
Empresário, investidor e especialista em gestão de ativos com trajetória marcada por visão estratégica e capacidade de execução. Sócio da IMvester, atua na estruturação e operação de investimentos imobiliários com presença no Brasil, Portugal e Estados Unidos. Também lidera a holding The Networkers, que centraliza suas frentes de negócios em agenciamento artístico, inteligência comercial, experiências de alto padrão e networking corporativo.
Com formação em Administração de Empresas pelo Mackenzie, acumulou experiências em grandes companhias e no setor de entretenimento antes de se consolidar no mercado financeiro. Foi gestor de carreira de personalidades do esporte, idealizador do Camarote Monumental. Tem atuação destacada em projetos de impacto social e lideranças empresariais, com foco em crescimento sustentável e inovação.

