Haddad prevê ciclo com a menor média de inflação desde o início do Plano Real
Em discurso no Conselhão, ministro da Fazenda aposta na menor taxa de inflação anual média num ciclo de governo, de 4% ao ano. Ele também na maior taxa de investimento público da década
Foto: Diogo Zacarias/MF
6/27/2024
Em seu discurso durante a 3ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou uma visão abrangente dos esforços e conquistas do governo ao longo dos últimos meses, além de destacar os desafios que o Brasil enfrenta.
"Senhor presidente, senhoras e senhores do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, é um grande prazer poder falar com vocês sobre os desafios do nosso governo nos próximos meses. É um momento especialmente importante da trajetória do nosso País," iniciou Haddad.
O ministro sublinhou que a jornada começou ainda antes da posse, com a PEC da transição, e culminou com a aprovação da reforma tributária. "Aprovamos, com o apoio imprescindível do Congresso Nacional, a tão sonhada reforma tributária. Que vai garantir, entre outras coisas inadiáveis do Brasil, o fim da guerra fiscal, mais previsibilidade, simplicidade e eficiência ao nosso sistema tributário."
Haddad destacou também as medidas fiscais adotadas para promover justiça social e estabilidade econômica, como a tributação das offshores e dos fundos exclusivos, além da regularização dos precatórios. Ele enfatizou a importância de recolocar o povo no orçamento e garantir que todos paguem os tributos devidos.
No campo social, Haddad ressaltou a valorização do salário mínimo e o aumento da isenção do imposto de renda, bem como o fortalecimento do Bolsa Família e do programa Farmácia Popular. "Praticamente dobramos o valor pago pelo Bolsa Família para as famílias, de 88 para 166 bilhões. Também voltamos com força total o Farmácia Popular, cujo orçamento subiu de 2 bilhões em 2022 para 5,4 bi em 2024."
O ministro também comemorou o sucesso do programa Desenrola, que ajudou milhões de brasileiros a renegociar dívidas e limpar o nome, e o lançamento do programa Acredita, que visa ampliar o crédito para pequenos empreendedores.
Na área ambiental, Haddad frisou a importância de transformar o Brasil em uma potência verde, aproveitando oportunidades econômicas e mitigando os efeitos das mudanças climáticas. Ele citou a rápida resposta do governo à tragédia no Rio Grande do Sul como um exemplo de ação eficiente.
Ao abordar o cenário econômico externo, Haddad mencionou os desafios trazidos pela alta dos juros nos EUA, mas reafirmou o compromisso do governo em enfrentar esses obstáculos com políticas monetárias adequadas.
Finalizando seu discurso, o ministro projetou um futuro otimista para o Brasil, destacando o crescimento econômico, a redução do desemprego e a estabilização da dívida pública. "Nosso otimismo com o caminho que trilhamos se baseia na expectativa do maior ciclo de crescimento econômico em uma década. Os indicadores mostram uma economia saudável, com crescimento do PIB de 2,9% em 2023, superior ao previsto, de 0,8%."
Com uma mensagem de esperança e confiança, Haddad concluiu: "Temos convicção e fé em nosso caminho. Vamos juntos, construir o Brasil dos nossos mais justos e generosos sonhos. Muito obrigado."
Sobre
Carlos Augusto é jornalista, repórter fotográfico e especialista em criação de sites, com formação em Comunicação Institucional e Gestão Pública. Acadêmico de Ciências Contábeis, une habilidades em comunicação e escrita a uma visão analítica, integrando com excelência as áreas de comunicação e economia.
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