Economia e Justiça Social Ganham Destaque no Último Dia do G20 Social no Rio de Janeiro
Foto: Tatiana Nahuz/MDHC - 16/11/2024
A Declaração Final do G20 Social, aprovada neste sábado (16) no Rio de Janeiro, destacou compromissos de justiça econômica e social, reforçando o papel da economia como ferramenta de transformação global. Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o evento promoveu um diálogo inédito entre sociedade civil e lideranças mundiais, resultando em propostas voltadas para combater desigualdades econômicas e fortalecer sistemas mais equitativos de governança.
Durante o encerramento, Lula enfatizou a necessidade de uma nova abordagem econômica, criticando o impacto do neoliberalismo sobre as democracias e a desigualdade global. “O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que, hoje, assola as democracias”, afirmou, defendendo a criação de medidas que reduzam o custo de vida, promovam jornadas de trabalho equilibradas e deem voz à juventude, que enfrentará os desafios de um mundo em transição.
Entre as principais pautas econômicas, a Declaração destacou a tributação dos super-ricos, um passo essencial para redistribuir recursos e financiar programas sociais. A mobilização pela Aliança Global contra a Fome e a Pobreza foi um ponto central, associada à meta de triplicar o uso de energias renováveis como estratégia para alcançar a neutralidade nas emissões de carbono. Lula enfatizou que os países do G20 têm a responsabilidade de aliar crescimento econômico a justiça social e ambiental.
A porta-voz da sociedade civil, Mazé Morais, trouxe uma perspectiva contundente ao questionar o poder das grandes corporações nas decisões político-econômicas e defender uma economia voltada para a soberania alimentar, acesso democrático à terra e à água, além de mecanismos que promovam uma economia solidária e inclusiva. “Como combater as desigualdades sem questionar o poder excessivo que as grandes corporações têm?”, indagou, alertando para os impactos sociais da má distribuição de riqueza.
Outro ponto relevante foi a proposta de criação de um fundo internacional específico para financiar políticas públicas, priorizando demandas sociais emergenciais. Essa iniciativa busca corrigir desequilíbrios históricos, promovendo um modelo de governança global mais inclusivo e representativo, com a participação ativa de países do Sul Global.
O G20 Social, que recebeu mais de 50 mil pessoas em suas atividades, encerrou com uma mensagem clara: a economia não pode ser dissociada da cidadania. A taxação progressiva, o combate à pobreza e a promoção de uma economia que respeite o planeta e as pessoas foram elencados como pilares essenciais para um futuro sustentável e justo.
A discussão econômica, central ao encontro, reafirma a liderança do Brasil no cenário global ao propor um modelo que prioriza a vida, a dignidade e os direitos humanos.
Sobre
Carlos Augusto é jornalista, repórter fotográfico e especialista em criação de sites, com formação em Comunicação Institucional e Gestão Pública. Acadêmico de Ciências Contábeis, une habilidades em comunicação e escrita a uma visão analítica, integrando com excelência as áreas de comunicação e economia.
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