O volume de serviços no país cresceu 0,3% em junho de 2025, quinta alta consecutiva. Com o resultado, o setor acumula ganho de 2,0% desde fevereiro e renova o recorde da série, que havia sido atingido em outubro de 2024. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira (14) pelo IBGE.
O avanço no mês foi sustentado pelos serviços de transportes, única atividade no positivo, com alta de 1,5%. Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, houve crescimento mais forte no transporte de cargas e no aéreo de passageiros. “O avanço do transporte aéreo está correlacionado com o menor preço das passagens nos últimos três meses. Já o transporte de cargas reflete um dinamismo maior da economia”, afirmou.
Entre os demais setores, houve quedas em outros serviços (-1,3%) e nos prestados às famílias (-1,4%). Informação e comunicação (-0,2%) e profissionais, administrativos e complementares (-0,1%) também recuaram, apesar de avanços pontuais em atividades jurídicas e consultoria em gestão.
Onze das 27 unidades da federação cresceram em junho. Os maiores impactos positivos vieram do Distrito Federal (2,3%) e do Paraná (0,8%).
No acumulado de janeiro a junho, os serviços subiram 2,5% ante igual período de 2024. A maior contribuição positiva foi de informação e comunicação (6,2%), puxada por tecnologia da informação. Também avançaram transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%), com destaque para o aéreo, e os serviços profissionais, administrativos e complementares (2,3%), com impulso de agenciamento de espaços de publicidade e consultoria em gestão. Vinte das 27 UFs cresceram, com destaque para São Paulo (3,9%).
O índice de atividades turísticas caiu 0,9% em junho, segunda queda seguida (-1,3% no bimestre). O setor está 11,6% acima de fevereiro de 2020 e 1,8% abaixo do pico de dezembro de 2024. Onze dos 17 locais pesquisados recuaram, com influências de Minas Gerais (-4,2%), Rio de Janeiro (-1,5%), Santa Catarina (-3,6%) e Paraná (-2,1%). Em sentido oposto, São Paulo (0,6%) e Distrito Federal (3,4%) avançaram. Na comparação com junho de 2024, o turismo cresceu 4,1%, 13ª alta seguida, impulsionado por transporte aéreo de passageiros, serviços de bufê e hotéis.
O transporte de passageiros subiu 2,1% na margem, quinto resultado positivo consecutivo, e acumula ganho de 14,3% no período. O segmento está 12,4% acima do nível pré-pandemia (fev/2020), mas 13,7% abaixo do pico histórico (fev/2014). O transporte de cargas avançou 0,7% após dois meses de queda e segue 6,2% abaixo do ápice da série (jul/2023); em relação a fevereiro de 2020, está 35,4% acima. Na comparação anual, passageiros cresceram 10,4% e cargas, 0,4%. No semestre, passageiros subiram 6,7% e cargas recuaram 1,1%.
